O meia Rivaldo foi pivô de uma crise no São Paulo após a eliminação na Copa do Brasil, diante do Avaí. Ainda no gramado da Ressacada, no dia 12 de maio, pouco depois da derrota por 3 a 1 que adiou o sonho de retornar a Libertadores, o jogador criticou publicamente o técnico Paulo César Carpegiani, que à época ficou na corda bamba. Carpegiani acabou demitido na semana passada. Em nova fase, o camisa 10 diz que poderia ter "chutado o balde".
– Se eu fosse um jogador polêmico, coisas ruins poderiam ter acontecido. Eu poderia ter chutado o balde e isso seria prejudicial para mim e para o São Paulo.
Apesar de achar que poderia ter ido além, Rivaldo tornou o ambiente pesado ao dizer que estava sendo humilhado por ter que acompanhar a derrocada são-paulina do banco de reservas. Carpegiani chegou a questionar o caráter do jogador e os dois se desculparam publicamente após uma reunião com o presidente Juvenal Juvêncio. A confusão, no entanto, não foi suficiente para que o pentacampeão ganhasse mais chances.
– Eu estava triste, porque sabia que tinha condições de ajudar. Não quis citar o nome dele [Carpegiani], não digo que fiquei triste por causa dele. Fiquei triste por mim, por não jogar.
Rivaldo, no entanto, não esconde que está em nova fase. Titular e destaque da vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, no fim de semana passado, ele será mantido no time que enfrenta o Internacional, domingo, no Beira-rio. Referência para os mais jovens e homem de confiança do interino Milton Cruz, o veterano garante não ter medo de assumir a responsabilidade.
– Estou preparado, prefiro assim do que do jeito que estava. Eu não podia fazer nada, não tinha como mostrar o que sei, entrava pouco. Jogando, eu assumo a responsabilidade. Quando for mal, vou assumir. Quando for bem, vou saber. São coisas do futebol.