O presidente da comissão provisória do PSD em Mato Grosso, deputado estadual José Geraldo Riva, confirmou a participação do idealizador do novo partido, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, e de seus principais entusiastas, a senadora Kátia Abreu e Sérgio Petecão, em um ato de fundação da sigla no Estado.
"Ainda não temos data definida, mas vai acontecer em julho", afirmou Riva. Liderado por ele, o ato de fundação da legenda já deve contar com cerca de 330 vereadores e 45 prefeitos que prometem se filiar à nova sigla, além de cinco deputados estaduais, dois federais, o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Eliene Lima, e o vice-governador Chico Daltro.
Durante o evento, Riva pretende entregar a Kassab 50 mil assinaturas de apoio à criação do partido colhidas em Mato Grosso. Para que o PSD seja devidamente registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são necessárias aproximadamente 500 mil de nove Estados. O prefeito paulistano afirmou que já possui mais de 1,2 milhões, mas a lista está sob investigação após denúncias de fraude.
O novo partido ainda luta contra o tempo para não perder o ingresso de novas lideranças, numa debandada que promete transformar o PSD em uma das maiores legendas do Estado. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou uma proposta do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) que muda as regras da fidelidade partidária e promete cassar os mandatos de quem migrar para o partido.
Para Riva, que classificou a medida como "Lei Anti-PSD", a decisão foi oportunista. "Essa matéria sequer foi debatida. Por que, até hoje, ainda não aprovaram a reforma política?", questionou o deputado. Ele aposta na morosidade do Congresso para confirmar o sucesso do partido nas próximas eleições.