Cerca de 50% dos servidores da secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema) resolveram “cruzar os braços” nesta quarta (15), um dia após ser deflagrada a Operação Padrão, em que os funcionários compareceram ao serviço, mas reduziram o ritmo da análise dos processos na tentativa de sensibilizar o governador Silval Barbosa (PMDB) a reestruturar o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) da categoria. Os servidores estão reunidos com o secretário estadual de Administração, Cesar Zílio, no Palácio Paiaguás, na presença do presidente da Assembleia, José Riva (PP), e do secretário da Sema, coronel Alexander Maia.
Após a reunião, a categoria participa de uma assembleia para votar o indicativo de greve por tempo indeterminado. Segundo representante da Comissão de Mobilização, Murilo Covezzi, a tendência é de que a proposta de paralisação seja acatada.
Ao todo, a Sema conta com cerca de 450 servidores, responsáveis por analisar processos de concessões para exploração do Meio Ambiente e ações de combate ao desmatamento e queimadas. Pelo menos 150 funcionários acompanham as discussões com Zilio no Palácio Paiaguás.
Além do PCCS, o sindicato da categoria exige reajuste salarial de 30% e teto de R$ 14 mil no último patamar da carreira. O presidente da Associação dos Analistas da Sema, Júlio César Arraes, alega que tenta negociar a reestruturação das carreiras desde o ano passado com representantes do governo, mas não consegue avançar nas discussões. Segundo ele, dos 420 servidores efetivos da Sema, 357 são analistas. “Queremos ser valorizados, pois todas as obras em execução no Estado passam pelos analistas”, aponta. Ele informa que o salário inicial de um analista é de aproximadamente R$ 2 mil.