Mais de 800 servidores, entre concursados, comissionados e contratados, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) cruzaram os braços nesta terça-feira (14). Pela manhã, 50 efetivos paralisaram as atividades e a tarde a categoria espera que ao menos metade dos trabalhadores também faça adesão ao movimento.
Conforme o agente de meio ambiente e participante da comissão de mobilização dos funcionários, Murilo Morgandi Covezzi, o objetivo é que haja valorização da categoria, que desde 2007 não passa por reestruturação salarial.
De acordo com os servidores, em 2000, o piso inicial para nível superior era de 10 salários mínimos. Atualmente o piso para o mesmo nível é de 4,6 salários mínimos.
"Em 11 anos nós perdemos 5,4 salários mínimos. O que estamos pleiteando desde 2007 é a valorização da nossa carreira. Porém, o movimento tomou força no ano passado, quando o Governo do Estado instituiu a lei de reestruturação das carreiras e a partir de janeira engrossamos o movimento", relembrou Murilo.
Outro ponto, segundo o agente, é que a atividade desempenhada por grande parte dos funcionários da Sema é de alta complexidade, o que exigiria por parte do Estado um olhar de atenção mais exigente.
"Na realidade o que nós estamos buscando é uma valorização profissional. Nós licenciamos curtumes, frigoríficos, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e madeireiras. Porém exige uma complexidade no desempenho das atividades. Então nós queremos uma valorização porque somos muito cobrados pela sociedade. Só que o Governo não nos valorizam como servidor", disse.
Conforme Murilo, amanhã (15) uma reunião entre funcionários e Secretaria de Estado de Administração (SAD) será realizada. Após o encontro, uma assembleia geral com a categoria será feita. Segundo a comissão de mobilização, não é descartada uma greve geral.