Eder Luis chegou ao Vasco no meio do ano passado. Alecsandro, no começo de 2011. Em comum às duas apresentações, à desconfiança por parte da mídia e da torcida que cercava ambas as contratações. Porém, depois do título da Copa do Brasil, conquistado nesta última quarta-feira (8) com a derrota por 3 a 2 para o Coritiba, a dupla, se já não tinha, passou a ter o respeito e a gratidão dos vascaínos.
No duelo do Couto Pereira, os atacantes foram os responsáveis pelos gols do time, que deram ao clube a inédita taça do torneio em sua galeria, encerrando um jejum de oito anos sem conquistas de expressão.
Curiosamente, os dois gols saíram aos 12min. No primeiro tempo, Alecsandro completou jogada de Eder Luis para inaugurar o marcador no Couto Pereira. Depois, na segunda etapa, Eder Luis, de fora da área, arriscou e empatou o jogo em 2 a 2.
– Cresci muito no Vasco, amadureci desde que cheguei aqui e hoje sou um outro jogador. Graças a Deus apareci bem nessa decisão e, com meu gol, pude assegurar esse título para o clube.
Se o discurso de Eder Luis falou em amadurecimento, o de Alecsandro seguiu a mesma linha. Artilheiro da final, ao ter marcado também no duelo de ida, vencido pelos cariocas por 1 a 0, o centroavante afirmou que calou quem duvidava de sua capacidade.
– Quando eu cheguei ao Vasco, falei que vinha pra ser campeão. Lembro que muitos olharam atravessado para mim. Mas temos uma equipe bem montada, que merecia demais o título.
Desta vez, Alecsandro comemorou o gol sem fazer a tradicional careta, em homenagem a seu pai, Lela, ex-atacante do próprio Coritiba. O camisa 9 vascaíno preferiu beijar a tatuagem com o nome do seu filho, Yan.
– Esse gol eu dediquei a ele. Tenho a tatuagem com o nome do Yan e o amo muito. Mas também dedico ao meu pai, meu irmão Richarlyson [jogador do Atlético-MG], eu amo eles.