O presidente da Agecopa, Eder Moraes, rebateu nesta manhã as informações contidas na reportagem desta semana da revistaVeja. A publicação afirma que, no ritmo atual, a Arena Pantanal, em Cuiabá, só será concluída em agosto de 2017. "A Veja não nos procurou. Se eu tivesse sido entrevistado, provavelmente a revista teria mostrado outra realidade", afirmou.
Em reportagem de capa, a revista mostra os problemas na construção dos doze estádios que abrigarão os jogos da Copa de 2014 e diz que, dos R$ 355 milhões previstos na Arena Pantanal, só foram investidos R$ 48 milhões.
"Como presidente, quero esclarecer à sociedade de que estamos absolutamente seguros e tranqüilos quanto ao prazo de entrega do estádio. Estamos realizando um monitoramento diário que nos garantirá atingir as metas planejadas", disse Moraes.
Segundo ele, o cronograma das obras da Arena foi refeito. "A revista se baseou em um cronograma antigo, que já foi refeito e não representa a realidade das obras. Iremos, inclusive, protocolar esse novo cronograma entre hoje e amanhã no Tribunal de Contas do Estado", afirmou.
O presidente disse que, desde quando assumiu a Agecopa, há 25 dias, todos os gargalos e pendências foram alvo de um mutirão com a Auditoria Geral do Estado e todos os órgãos envolvidos.
"Foram 25 dias intensos, em que identificamos todos os problemas e falhas, colocamos tudo na mesa e resolvemos todas as pendências. Nesta semana, consolidaremos o novo ritmo implementado, pois já regularizamos toda a parte documental e burocrática que vinham, ao longo do tempo, se arrastando", disse.
R$ 150 milhões
O executivo ressaltou que, a partir de agora, todos os repasses financeiros do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) serão agilizados. "Até o final do ano, pela nossa previsão, já teremos liberados mais de R$ 150 milhões para a Arena Pantanal. Inclusive, se formos escolhidos pela FIFA, estaremos prontos para a Copa das Confederações, em 2013", afirmou.
Dois dos motivos para os atrasos, citados pela revista Veja, foram a falta de um órgão fiscalizador, que cobre e gerencie a execução dos projetos, e a lentidão na liberação de dinheiro pelo BNDES.
"A primeira providência que tomei, ao assumir a Agecopa, foi a contratação de uma auditoria independente, cuja necessidade consta no contrato com o BNDES, para conseguirmos os desembolsos finais", disse.
Moraes adiantou também que estuda adotar, caso seja necessário, três turnos de trabalho nas obras da Arena Pantanal. "Já colocamos mais uma grua na obra, que nos garante duplicar o ritmo dos serviços e, se for necessário, adotar o tri turno também", afirmou.
"Viúvas" e ingerências externas
O presidente da Agecopa também criticou a existência de "ingerência externa" de quem "desconhece a realidade dos fatos da Copa do Pantanal e se sente no direito de emitir opiniões".
"Quem conhece o processo somos nós… Ainda há algumas ‘viúvas', de grandes Capitais, que não aceitam o fato de Cuiabá ter sido escolhida. Campo Grande é um exemplo: vive tentando pegar carona no nosso evento, para tentar se promover, e vive querendo nos queimar. Mas já vou avisando: vamos patrolar esse pessoal e esses interesses escusos", disse.
