Justiça autoriza transferência do “Comendador” Arcanjo

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O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro será transferido da Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS). Ontem (15), foi deferido um pedido nesse sentido pelo juiz Dalton Igot Kita Conrado, da Vara de Justiça Federal de Mato Grosso do Sul. A solicitação havia sido feita em outubro de 2010, pelo Ministério Público Federal (MPF).

Agora, cabe ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen) encaminhar, em cinco dias, documento a respeito da existência ou não de vagas em outras penitenciárias federais de segurança máxima do país e se há possibilidade de troca de presos. As opções são em Porto Velho (RO), Mossoró (RN) – para onde foi transferido o traficante Fernandinho Beira-Mar – ou Catanduvas (PR).

Em Mato Grosso do Sul, Arcanjo está preso desde 2007. A transferência para o Estado vizinho se deu após a Operação Arrego, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, comprovar que o bandido continuava liderando o jogo do bicho dentro da Penitenciária Central de Cuiabá, no bairro Pascoal Ramos.

Em outubro de 2010, a então Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso – hoje, dividida em Secretaria de Segurança Pública e Secretaria de Justiça e Direitos Humanos – pediu extensão do prazo de permanência do bicheiro. O pedido foi aceito e, em Campo Grande, Arcanjo pode permanecer por 360 dias.

Apesar disso, o pedido de Mato Grosso do Sul foi feito com base na política de "circulação dos presidiários". Caso a resposta seja negativa, o Comendador continua em Mato Grosso do Sul, onde terminará de cumprir os 360 dias determinados pela Justiça Federal.

Condenação

João Arcanjo Ribeiro foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão, por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha, sonegação fiscal e contrabando.

Ele já foi condenado a enfrentar quatro júris populares, por oito assassinatos, mas ainda não foi julgado por nenhum dos crimes contra a vida, por conta dos recursos que utiliza para protelar os júris.

Relembre o caso

João Arcanjo Ribeiro, ex-policial civil, era o líder do crime organizado em Mato Grosso. O título de "Comendador" foi concedido pela Câmara de Vereadores de Cuiabá.

Acusado de ser o principal bicheiro de Mato Grosso, de ter sonegado mais de R$ 840 milhões em impostos e de ser o mandante do assassinato do jornalista Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior, então dono do jornal Folha do Estado, em 2003, o mafioso foi preso no Uruguai.

Após um acordo de extradição entre os dois países, o Comendador voltou ao Brasil. Em dezembro do mesmo ano, foi condenado a 37 anos de prisão por formação de organização criminosa, crime contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro.

Em 2007, após ser deflagrada a Operação Arrego, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, Arcanjo foi transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima Federal de Campo Grande (MS).

A operação comprovou que ele continuava liderando o jogo do bicho de dentro a Penitenciária Central de Cuiabá, no bairro Pascoal Ramos.

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